Uma das fases mais importantes de um projeto é o planejamento, mas o que
vem a ser planejamento?
O Engº Antônio Carlos Simões Azevedo diz que “as diversas técnicas de planejamento têm como objetivo, auxiliar o
gerente a elaborar um plano detalhado para o empreendimento (...) define quais
são as atividades necessárias, as datas em que essas atividades devem ser
iniciadas e terminadas e as pessoas responsáveis por cadas atividade (...) o
programa define o que deve ser feito, quando será feito e por quem será feito”
(1).
Joel Baker, no famoso vídeo “O enigma dos paradigmas” disse: “Visão sem ação é só um sonho; ação sem visão
é passatempo; visão e ação juntas podem mudar o mundo” . Muitas empresas e
profissionais dispensam essa importantíssima fase de um projeto. Existe o
pensamento de que os fatores externos e até mesmo os internos se modificam tanto
que o plano nunca poderá ser executado da forma em que foi pensado. Justamente
por esta razão é que o planejamento se torna tão importante, pois à medida que
as variáveis se alteram, é possível, por monitoramento do projeto,
implementar novas ações e alcançar o resultado esperado, talvez não da mesma
forma que se planejeou, mas para o fim a que se almeja; como disse Joel Baker, é
preciso sonhar antes.
Uma definição de planejamento, a partir do dicionário Aurélio: “Trabalho de preparação para qualquer
empreendimento, seguindo roteiro e métodos pré-determinados” ou “Processo que
leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações (pelo governo, pela
direção de uma empresa etc.) visando à consecução de determinados objetivos.” Pela definição, percebemos que as ações devem
vir precedidas de um planejamento, mesmo nas ações mais simples temos algum
planejamento, se vamos beber um copo d’água, antes precisamos pensar o que
faremos, pegar um copo, ir até o filtro e abrir a torneira. Óbvio que isso dura
segundos, mas a ação é simples e o pensamento nem é percebido. Em casos mais
complexos é necessário utilizar metodologia mais científica para planejar,
porém muitos fazem os planejamentos isntintinvamente e nem sabem ao certo o que
esperam ao final dos projetos. Convencer alguns empresários da importância
dessa etapa em seus projetos pode se tornar uma tarefa extremamente árdua e,
muitas vezes, impossível, pois suas empresas são geridas assim há tempos e não
vêem razão para mudar, mas se observarmos bem as definições que o Aurélio nos
traz, vemos que qualquer ação empresarial deve ser precedida de um planejamento,
pois esse nos mostra o futuro provável e mostra quais variáveis devem ser
controladas para se atingir o objetivo.
Fig 3.1 do guia
PMBOK (4ª Edição) – Grupos de processos de gerenciamento de projeto
O básico em planejamento é o tripé, custo, prazo, responsabilidade; precisamos, pois, saber quanto custa o projeto, qual o prazo para executar e
quem irá fazer. Um planejametno mais elaborado traz isso detalhadamente e
aborda os riscos, os métodos de comunicação entre as partes envolvidas, a
qualidade do produto/serviço final, os fornecedores/aquisições, conforme mostra a figura 3.8 do PMBOK. Cada projeto
tem sua peculiariedade e os detalhamentos necessários para sua concecução, pois
o planejamento e o controle não podem custar mais que a execução em si, a não
ser que o preço de venda absorva com a margem necessária para o sucesso do
projeto.
Existem alguns softwares específicos para planejamento e controle de obras,
todos têm o mesmo princípio, orçar os custos, definir prazos e encadear as
atividades, formatando um cronograma e definindo uma linha de base. Os
programas não dispensam a presença de profissionais qualificados para gerenciar
esses projetos, ao contrário, essas ferramentas terão um maior benefício com um
profissional experiente à frente das atividades de planejamento, pois dessa
forma, os dados de entrada e saída serão corretamente interpretados e a
execução receberá as informações necessárias com eficiência para que o projeto
tenha bom desfecho.
Bibliografia:
PMBOK 4ª Edição;
(1) Introdução à Engenharia de Custos, fase investimento.
Bibliografia:
PMBOK 4ª Edição;
(1) Introdução à Engenharia de Custos, fase investimento.